Nada como você dormir e acordar sabendo que seu visto está disponível. Eu confesso a você, querido leitor e querida leitora, que não vejo um motivo tão forte para alguém se deprimir por não poder visitar o Mickey. Se pelo menos fosse o Pluto, eu até entenderia.
Essa brincadeira de associar o visto exclusivamente à visita aos parques da Disney é um desrespeito ao Beto Carrero ou ao Parque São Luís, que divertem com emoção ainda maior do que minúsculas montanhas-russas e desfiles de personagens saltitantes, pois os nossos parques oferecem divertimento sadio, sem aquelas emoções que podem ocasionar infartos, acidentes gravíssimos ou colapsar para sempre a nossa situação financeira.
Eu posso te assegurar que já pensei até em apagar o visto do pessoal daqui de casa com fita corretiva, para não virem com essa conversinha de uma viagem que te leva para ver o Mickey Mouse e te devolve com cara de Pateta — rindo porque conheceu a Fada Sininho, tirou foto com a Branca de Neve e voltou com o cartão de crédito arruinado, como se tivesse caído nas mãos dos Irmãos Metralha.
Eu não me conformo é com a maldade de algumas pessoas. Veem um indivíduo passando por uma pressão maior do que a do pneu de uma bicicleta — já perdeu os cabelos, agora perde o visto — e ainda vêm com alternativas que em nada contribuem. Porém, tudo isso é plenamente suportável. Agora, aguentar piadinhas de pseudos amigos sugerindo férias no Amapá ou no Maranhão é de um sarcasmo desumano.
Entretanto, isso são pequenos detalhes… porque, afinal, sempre haverá Caracas.
Caracas, meu!
Beijos e abraços.
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