Meu amigo e amiga leitores, estou ansioso que chegue logo o mês de setembro. Não necessariamente por ser o mês da nossa independência — e que independência, hein... — nem por ser o mês do aniversário da minha querida irmã (que ela não me ouça), mas por ser no dia 4 comemorado o Dia do Pastel.
Isso mesmo que você leu. Neste país, onde as aves que aqui gorjeiam certamente não gorjeiam como lá, há uma data reservada a essa maravilhosa invenção que ninguém tem certeza de quem criou — ou seja, é uma produção independente.
Essa gostosura cativou o paladar dos brasileiros. Trafega na boca dos pobres e dos ricos, em lugares simples e sofisticados, aceitando todo e qualquer tipo de recheio. É eclético, diplomático e, se junto a ele vem uma cervejinha bem gelada, pode até acabar com guerra pelo mundo afora.
O pastel é tão conciliador que permite que você escolha por onde dar a primeira mordida. Não há uma etiqueta, tampouco um ritual que exija que você comece pela quina direita, esquerda ou pelas laterais. Contudo, somente os apreciadores sabem muito bem o bafo quente que vem do interior da guloseima ao mordê-lo. Por esse motivo, requer mordidas nas duas extremidades, mostrando a interdependência das mesmas.
Entre tantos sabores de recheio, existe um surpreendente — confesso que é o meu favorito: o pastel de vento. Ele mesmo, meu querido leitor. O pastel de vento é limpo, caso não seja degustado em São Paulo, e puro, se degustado fora de Brasília. Porém, é um pastel raiz. Foi ele que inspirou a “estocagem de vento” e contribui para levar o nosso colesterol ao lugar mais alto do pódio.
Então, queridos leitores, este ano comemorarei apenas o Dia do Pastel. Farei um 4 de setembro especial, uma homenagem a ele — que nos faz sonhar. Seja no restaurante, no bar, na lanchonete, na feira ou nas praças, o pastel nos faz acreditar que nem tudo termina em pizza.
E viva o pastel!
Caro leitor, se você gostou, nem que seja um tiquinho, deixe seu comentário e me siga logo, pois estou indo à feira comer um pastel com caldo de cana.
Abraços e beijos.