E chegou o mês de julho. Não sei se é impressão minha, mas parece que o ano nem começou e já está quase terminando. Ontem, falei para minha mulher que, do jeito que o tempo está passando, dá até para deixar as sobras do Réveillon — o famoso RO — em cima do fogão de uma virada de ano para a outra, que não dá tempo nem de estragar.

Mas, meu amigo, o mais importante deste mês é que foi nele que eu vim ao mundo. Exatamente às 10h do dia 08, na maternidade Januário Cicco, aqui em Natal, chegou essa belezura que vos fala. Isso mesmo: cheguei lindo, como continuo até hoje — e sem nada, como sigo até agora.

Cheguei igual a vocês: chorando sem motivo. Vim para a família que escolhi e para a caminhada que me propus a fazer. Tão pequeno e, de algum modo, tão sábio — contrastando com uma estatura que, com o tempo, virou pura inutilidade.

Por questões de segurança, alguns amigos até dizem que eu não deveria expor certos detalhes da minha vida por aqui. Agradeço a preocupação, mas, caro leitor, diante do número de visualizações das minhas escritas, já estou até pensando em publicar uma crônica com meus dados bancários e senhas — porque, sinceramente, é o único lugar onde eu tenho certeza de que ninguém vai mexer. Exceto o pessoal do INSS.