Se houvesse um departamento onde, de um aplicativo, você acessasse e pudesse regressar no tempo, no dia 15 de junho eu teria feito a solicitação para voltar 29 anos no tempo.
O amigo deve pensar... eita! Agora ele endoidou de vez. Não, querido leitor. E mesmo sabendo que, ao chegar lá, esse aplicativo deixaria de existir — eu já estaria com minha melhor roupa rumo ao passado.
Não é um retorno para grandes acontecimentos mundiais, nem mesmo locais. Mas é um marco na minha vida, onde pude perceber o significado de várias palavras pregadas aos quatro cantos, porém pouco utilizadas nas nossas vidas.
Está curioso? Não adianta mentir, eu sei que você está.
Pois bem, no dia 15 de junho de 1996, seu amigo estava casando.
Aí comecei outra jornada na minha vida: a da compreensão, da resiliência e do amor. Passamos por momentos maravilhosos e alguns complicados. Mas sabe aquele refrão: ninguém solta a mão de ninguém...? Foi o que fizemos ao decorrer desses anos. Ficamos juntos. Por vontade, por querer ficar, sem nada mais a oferecer senão a vontade de permanecer ao lado do outro. Mesmo que calados, contudo adivinhando os pensamentos e procurando fazer valer a pena nossa jornada por esse mundo.
Plantamos árvores, cultivamos uma filha, tropeçamos juntos e levantamos lado a lado — tantas vezes quanto foi preciso. Porque nossa missão por esse lindo mundo de Deus vai se cumprindo entre amor, humor e muita, muita compreensão.
Você pode até ter lido essa crônica, mas ela pertence à Katia. E sempre pertencerá.